terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Impostos para o Rei





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Disparo sem alvo
Ninguém quer me ouvir
Palavras sem caminho
Ou ouvidos pra seguir.

Levanto todo dia
Procurando explicação
Por que é tão imensa
A fome do leão.

Deito já dormindo
na cama do dragão.
Imposto para o rei
Que come minhas mãos.

Será que todos se esconderam?
Ou foram presos na TV?

Nunca na nossa história,
correntes foram tão invisíveis
como são agora.
Ninguém aqui é livre.
Joga fora!
Seu sangue, suor e vontade.
Vá embora!
Não aceite essa esmola.