segunda-feira, 24 de agosto de 2009

No fim será...

Meus restos,
Minha cinza, meu pó
As migalhas do meu orgulho
Sirvo em um prato de ouro
Aos que me destruíram
Meu sangue transborda
Em taças de prata
Bebido pelos meus inimigos
Um brinde a todos
Todos que a mim se opõe
Todos que me odeiam
E sobre-tudo
A todos que me venceram
Pois quando eu vencer
Verei todos eles
Caídos ao chão
Que é o seu lugar

Dores Frias

Está escuro e frio aqui
Sinto uma tristeza crescendo
Dentro de mim, o medo
Estou só, não há mais ninguém.
Todos se foram e me deixaram
Será que ainda estão vivos?
Vejo uma luz crescendo
Um brilho envolto em sombras
Luz fria, fraca, trêmula
Mas cresce como a aurora
Será o fim do túnel ou do mundo?
Será a morte e sua lamparina?
Sinto meus pés tremerem
O vento corta a minha pele
A brisa fria como a sepultura
Penetra em meus cabelos
As sombras somem, fogem
A luz cresce e me envolve
Sinto um alívio, um sorriso
Meu rosto se abre em alegria
Será eterna?
Ou somente um intervalo da dor?