sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Solzinho

RAdiante como o sol
Refulgente luz infante
Brilho, feroz brilho
Meu solzinho brilhante

Cometa veloz
Meu pequeno furacão
Meu trovão e minha brisa
Minha filha, Heloísa

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

No fim será...

Meus restos,
Minha cinza, meu pó
As migalhas do meu orgulho
Sirvo em um prato de ouro
Aos que me destruíram
Meu sangue transborda
Em taças de prata
Bebido pelos meus inimigos
Um brinde a todos
Todos que a mim se opõe
Todos que me odeiam
E sobre-tudo
A todos que me venceram
Pois quando eu vencer
Verei todos eles
Caídos ao chão
Que é o seu lugar

Dores Frias

Está escuro e frio aqui
Sinto uma tristeza crescendo
Dentro de mim, o medo
Estou só, não há mais ninguém.
Todos se foram e me deixaram
Será que ainda estão vivos?
Vejo uma luz crescendo
Um brilho envolto em sombras
Luz fria, fraca, trêmula
Mas cresce como a aurora
Será o fim do túnel ou do mundo?
Será a morte e sua lamparina?
Sinto meus pés tremerem
O vento corta a minha pele
A brisa fria como a sepultura
Penetra em meus cabelos
As sombras somem, fogem
A luz cresce e me envolve
Sinto um alívio, um sorriso
Meu rosto se abre em alegria
Será eterna?
Ou somente um intervalo da dor?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

No Inverno

Meu corpo queima de frio
Minha carne tensa, rija
As juntas rangem
Os olhos queimam
Vapor, gélido, cálido
Inverno de mim
Frio

Um homem no escuro
Se olha no espelho
O que ele vê?
Nada, apenas sombras
As trevas da noite
A escuridão de si mesmo

Um homem sem rosto
Procura sua imagem
O que encontrará?
Nada além de si
Feio por fora
Ferido por dentro

Um homem invisível
Estende a mão
Quem a tocará?
Só entre muitos
Esquecido por todos
Somente um corpo

Sou eu esse homem
Sempre assim
No escuro, sem rosto
Invisível, sozinho
Um vislumbre de nada

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Grande

Te desprezo
Por que és tola
Inútil e obsoleta
Porque nada me trazes
Em nada me completas

Te odeio
Por seres fútil
Imunda e podre
Embreagada com o sangue
Dos que te rejeitam

Te rejeito
Pois rejeitaste a verdade
O perdão e a Lei
Porque negaste o Santo
E Puro Sangue de um Rei

Revolta

Tic-tac, relógio
Cri-cri, grilo
Au, au, au, cachorro
Ai, ui, topada
Merda! Cacete!
Gol do Corinthians.

99

Oh! ovelha perdida
Onde está o teu Pastor?
Cadê o teu rebanho
Porque estás aqui
Longe do teu curral?

Ouve os passos ovelha
Ai vem o teu Pastor
Castigará a ti?
Dar-te-á uma surra
Por teres fugido assim?

Não, pequena ovelha
Assim não fará o Pastor
Te porá nos ombros
Curará tuas feridas
E te levará pra casa

Te reúnes ao rebanho
Às outras noventa e nove
E ao teu Pastor.